Ano novo, imagem nova. Na festa dos 47 anos do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa, houve espaço e tempo para apresentar a nova face desta universidade pública que tem agora uma nova imagem de marca, para revelar o primeiro número da revista entre campus editada pelo Iscte e para homenagens sentidas.
Maria de Lurdes Rodrigues, Reitora do Iscte, quis distinguir alguns dos professores que se jubilaram nos últimos anos, impondo-lhes as insígnias de eméritos. “Com esta homenagem procuramos reconhecer o contributo que deram para a construção do Iscte, mas é também um sinal que lhes queremos transmitir de que os queremos connosco, de que queremos continuar a contar com eles”. E aproveitou para evocar a memória dos professores Rui Meneses e Juan Mozzicafreddo, falecidos este ano, enfatizando a falta que fazem ao Iscte e aquilo que a universidade lhes deve.
Sem esquecer ninguém – docentes, funcionários e estudantes – Maria de Lurdes Rodrigues deu os parabéns a todos por este quase meio século de produção de conhecimento, sem deixar de sublinhar que “aquilo que o Iscte é hoje é resultado do trabalho de todos os que aqui vivem quotidianamente e do empenho de todos aqueles que aqui trabalharam no passado”, sem esquecer, naturalmente, os estudantes porque, sem eles, “o Iscte não tinha nenhum sentido de existir”.
Orgulho no passado, aposta no futuro
A tarde era de festa e de evocações. Por isso mesmo, Maria de Lurdes Rodrigues não quis deixar de sublinhar a herança de um património com quase 50 anos que, assegura a Reitora, “é rico nos valores do pluralismo e inclusão, da pluridisciplinaridade, da inovação no ensino, do desenvolvimento científico e da produção e difusão de conhecimento, mostrando a sua relevância para transformar a sociedade”.
A Reitora do Iscte enfatizou então que “é com este património que estamos a construir o futuro”. Socorreu-se de Denis Diderot e da peça Jacques, o fatalista para lembrar a todos que, ao contrário da crença de Jacques, personagem do filósofo e escritor francês, todos temos que ter consciência de que o futuro não está escrito no céu e tem que ser construído todos os dias. “O futuro não espera por nós, não está escrito no céu nem nas pedras, e o futuro do Iscte depende das escolhas e daquilo que fizermos hoje, todos nós”, afirmou Maria de Lurdes Rodrigues, acrescentando que a sua proposta, enquanto Reitora, é muito clara: “Que façamos escolhas que respeitem a trajetória seguida até aqui, as escolhas do diálogo disciplinar e da abertura ao mundo, as escolhas que continuem a valorizar o Iscte no panorama do ensino superior em Portugal e, com isso, valorizar também o posicionamento de Portugal na Europa”.
Nesse sentido, enunciou depois o que tem sido feito nos últimos dois anos: desde a aprovação do projeto de requalificação do edifício do IMT, cujas obras deverão avançar no próximo ano, para que se possa acolher com dignidade a pluralidade dos centros de investigação do Iscte melhorando e potenciando o trabalho colaborativo e pluridisciplinar, ao mesmo tempo que se fez nascer a revista entre campus, “um espaço de diálogo entre as quatro escolas, que possa revelar ao país e à comunidade cientifica os casos de sucesso nos campos do ensino e da investigação”.
Uma imagem moderna
Apostada em promover a valorização das carreiras, a Reitora lamentou que alguns dos professores da Instituição se tenham aposentado sem atingirem o topo da carreira, e por isso formulou o desejo de que, no futuro, “todos os funcionários, professores e investigadores, pudessem ter a perspetiva de reconhecimento do seu trabalho nesta nossa casa”.
Aqui chegada, foi o tempo de Maria de Lurdes Rodrigues desvendar outra das “inovações” promovidas, a criação da nova imagem do Iscte, que se pretendeu adequada “aos tempos mais modernos, aos tempos do futuro” e “respeitando os valores do diálogo e da abertura ao mundo”.
Vídeo da festa do 47º aniversário do Iscte
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